Feliz
2012, prezados leitores que, vez ou outra, passam por aqui!
Geralmente, bebedores de cafezinho de repartição, hehe! (eu
confesso que não sou muito adepto desse tal cafezinho).
Primeiro
assunto do ano!
No
interior (e na capital, há muito tempo atrás), dizem que notícia
ruim corre rápido. Hoje em dia, qualquer notícia corre rápido,
basta que seja um pouquinho interessante. Ou se for fofoca. Ou,
dependendo, se formar uma frase que tenha sentido. Quem é usuário
frequente da internet sabe do que eu estou falando.
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Florinda Meza - Assassinada pelo Twitter |
Os
responsáveis pela rede social do “Twitter” se auto-definem como
uma estação de rádio virtual. Por ali, as notícias voam numa
velocidade altíssima. Para se ter uma ideia, em certa tarde do ano
passado, uma apresentadora de TV mexicana veiculou em seu perfil no
twitter a notícia de que a atriz Florinda Meza, responsável pela
personagem Dona Florinda, do seriado Chaves, havia falecido. Em menos
de meia hora, o assunto já havia se tornado um dos mais comentados
no mundo! O nome dela estava entre as palavras mais mencionadas, no
mundo inteiro. E, em pouco menos de vinte e quatro horas, a própria
atriz (através do perfil de twitter de seu filho, Roberto Gomes
Fernandez), divulgou nota dizendo que estava bem! Vivinha da silva.
Veja aqui a reportagem do Site Canal 8
Esse caso
ilustra bem a velocidade da informação nos dias de hoje, com a
popularização das redes sociais. Em pouco menos de 40 minutos, o
mundo inteiro ficou sabendo que uma atriz dos anos 80 havia falecido,
e nesse mesmo prazo, a própria atriz desfez a mentira! Alguém diria
que isso seria possível nos anos 80? Ou anos 90? Até hoje, tem
gente acreditando que o homem não foi à Lua.
A
evolução tecnológica tem sido direcionada a esse fluxo de
informação. Afinal de contas, nossa vida é informação! Qual a
sua idade, qual seu endereço, suas preferências profissionais,
pessoais, culturais, sexuais... são dados valiosíssimos na mão de
quem sabe o que fazer com eles. E ter acesso a eles não significa
necessariamente invasão de privacidade. Isso porque, exatamente por
ser valiosa, a informação vira moeda de troca: grandes empresas
organizam e direcionam o fluxo a você que, em troca, utiliza suas
preferências para acessar propagandas e anúncios comerciais, estes
últimos, os grandes provedores financeiros de todo o sistema.
Nesse
contexto, podemos notar dois sentidos em direção aos quais os novos
dispositivos tecnológicos (smartphones, televisores, computadores,
notebooks, videogames) e as atuais ferramentas de software (Twitter,
Google, Facebook, Yahoo!) estão se desenvolvendo: promover acesso à
maior quantidade possível de informação disponível na rede – o
que vem sendo feito desde os primórdios da internet e, ainda nos
dias de hoje, é valorizado; e organizar da melhor forma possível
esse acesso pelo usuário interessado, de maneira a satisfazê-lo em
sua pesquisa da maneira mais rápida ou, principalmente, da forma
mais individualizada (e pessoal) possível – o que começa a se
tornar prioridade nos últimos anos.
Grandes
empresas como a Google e o Yahoo!, portanto, já não se contentam
com a quantidade de respostas dada a uma pesquisa feita por seus
usuários. Isso não têm se enquadrado mais no conceito de “pesquisa
completa”. De agora pra frente, a corrida por uma boa ferramenta de
buscas passa pelo perfil individual de quem faz a pesquisa. O usuário
mora em Goiás? O usuário gosta de futebol? O usuário é filho
único? São informações que passarão a influir no tipo de
resultado obtido. Se eu, que sou torcedor do Goiás, pesquisar pela
palavra “futebol” em uma ferramenta dessas, o retorno deverá
priorizar notícias, dados, estatísticas sobre o futebol em Goiás,
jogadores contratados pelo meu time, resultados de campeonatos
regionais, e assim por diante. Enfim, resultados que se adequem ao
meu perfil de usuário.
Da mesma
forma, sistemas operacionais de televisores, smartphones e
notebooks/computadores estarão cada vez mais amoldados às
preferências de utilização de seu usuário. Comandos (e
reconhecimento) de voz passarão a ser um recurso comum. Para se dar
um exemplo, o assistente pessoal Siri, disponível nos novos iPhone
4S, da Apple, não faz a simples cognição da voz de quem fala. Ele
interpreta o que o usuário pede, provendo um resultado mais exato ao
que foi solicitado. Caso o usuário peça uma ligação para a mãe
dele, a Siri pedirá para o usuário dizer quem é a mãe dele.
Depois dessa vez, a assistente associará automaticamente, todas as
vezes em que for solicitada, a pessoa referida como mãe do usuário.
E assim por diante.
Dessa
maneira, o que vemos é uma tendência de, cada vez mais,
desenvolverem-se utilitários singulares, com características
particulares, ou que obtenham o perfil único de seus utilizadores,
para prover um acesso mais completo e preciso ao gigantesco número
de informações que circulam na internet.
E nessa
área, preparem-se para a enxurrada de lançamentos em 2012. Vai ser
produto atrás de produto, cada um com recursos mais fantástico que
outro. Reconhecimento facial, sensores de movimento, conexão de alta
velocidade (internet 4G)! iPhone 5, iPad 3, iOS 5.1 (e, quem sabe,
6), Windows Phone, Windows 8, enfim!
O
objetivo utópico, logicamente, é o de que, um dia, cheguemos ao
acesso unicamente via pensamento. A velocidade e a precisão de um
comando mental será capaz de movimentar um sistema intuitivo a tal
ponto que será difícil distinguir o que é mais rápido: a
velocidade do pensamento, ou a velocidade da informação. Se é que
não serão a mesma coisa.